domingo, 30 de dezembro de 2012

Feliz Ano Velho, Corinthians.


O 2012 que agora se despede não será esquecido jamais pela Fiel. A quebra do tabu de nunca ter conquistado uma Libertadores não poderia ter sido mais grandiosa. Os gols em minutos derradeiros das partidas, o esquema tático de Tite (uma verdadeira teia de aranha para os adversários), o revezamento nos momentos brilhantes de uma equipe sem estrelas, e a presença maciça do torcedor no Pacaembu abrilhantaram sobremaneira a conquista invicta do Corinthians.

A final não poderia ter sido contra outro time que não o Boca Juniors, outrora bicho-papão das Américas. Os xeneizes –que desclassificaram o Fluminense– se acharam favoritos, mas sucumbiram diante de um forte Corinthians, que ensinou ao Brasil a respeitá-lo. A audiência maior que das partidas de Copa do Mundo demonstrou, de forma cabal, o quão especiais foram as disputas finais entre Corinthians x Boca Juniors.

Para a partida contra os ingleses em Tóquio, milhões de brasileiros pularam cedo da cama para torcer por um final de ano amargo para os corintianos. Mas a amargura ficou por conta deles próprios. A final em Tóquio não foi uma partida de uma jornada infeliz do Chelsea, mas, sim, um jogo de alto nível, no qual os dois times mediram forças, e o Timão demonstrou que pôde mais.

Supremacia nas Américas, supremacia no Mundo. O que mais a Fiel poderia pedir? Aos torcedores contrários ficaram os resmungos, pois além de terem que engolir um Corinthians supercampeão da Libertadores e do Mundo, ainda tiveram que engolir uma invasão da mais poderosa torcida visitante ao Japão. Quando, seja na Copa Jipe, ou no Mundial da FIFA, que qualquer torcida fez o que a Fiel fez em Tóquio, quando levou a Pacaembu para lá?

2012 foi um ano feliz para os corintianos. Dizem que agora o time será caçado. Quando o Corinthians não foi caçado, o adversário a ser batido? Pergunta-se até quando a vai durar a alegria corintiana. Pela estrutura que vem sendo montada no clube não vão demorar a se perguntar: Até quando, meu deus? 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Um Natal Corintiano.





Não sei se porque já provei o gosto de ter conquistado o Mundial da FIFA, na sua versão inaugural, em 2000, quando fui ao Morumbi ver o Corinthians desclassificar o Real Madrid -o bicho-papão da época, ou se porque ainda meus olhos lacrimejam quando revejo o compacto da campanha alvinegra na Libertadores/12, também conquistado pelo Timão, mas eu não sinto hoje, às vésperas de decidir o bicampeonato no Japão,nem a metade da emoção que senti antes do jogo contra o Boca Juniors, da Argentina.

Dizem que sou louco, e talvez tenham razão. O Japão é o sonho de conquista de 10 entre 10 torcedores brasileiros, e dizer o que estou dizendo talvez me coloque como um ponto fora da curva . Mas não posso negar que os embates contra times nos recantos mais exóticos da América do Sul e México, campos de várzea, comportamentos idem, sob a égide da mais exótica ainda Conmebol traz mais adrenalina, e o título é bem mais difícil de ser conquistado, afinal, o quê são dois jogos perto dos 14 da Libertadores?

Não sei se os europeus consideram a Liga dos Campeões mais importante que o Mundial da FIFA . O discurso não deixa dúvidas, como nas palavras de Lampard: "É um grande torneio pelo que significa. O caminho percorrido para chegar até aqui é longo. As pessoas falam que são só dois jogos, mas tem de ter feito muito para chegar até aqui. Significa muito para os clubes ganharem, então precisamos de foco, como fazemos no Campeonato Inglês" .

Não há dúvidas que os argumentos do meia do Chelsea são difíceis de refutar, e os dois times, de fato, trilharam um longo caminho para chegar ao Japão. Literal, e figuradamente. Não vou, portanto, brigar contra esses argumentos dos ingleses, e o Chelsea ainda colocou em seu site uma contagem regressiva para o começo da partida, indicador de que o tal desdém europeu pelo Mundial esteja mais na cabeça de invejosos.

Também não vou dizer que não me importo com o Mundial, claro que me importo. Mas não é a emoção da Libertadores. De qualquer maneira, conforme li de um blogueiro torcedor dos Blues, “estou como uma criança na véspera de Natal. E ganhar o título de melhor equipe da Terra seria o presente perfeito do Papai Noel.”


Imagens: vejasp.abril

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Timão se classificou no sufoco.




Dois tempos distintos, e bastante sofrimento para o torcedor. Foi assim que o Timão se classificou para a sua segunda decisão em Mundiais da FIFA. Na primeira etapa, domínio absoluto, e um  gol de Guerrero, aos 29 minutos do primeiro tempo. Parecia que seria fácil: não foi.

Houve quem dissesse que  o Al Ahly era um time que pregava no segundo tempo com má preparação física. Não foi. E quem surpreendentemente desapareceu de campo foi o Corinthians, totalmente irreconhecível. Os egípcios não se valeram da situação por serem um time fraco –seria rebaixado facilmente junto com o Palmeiras se jogasse o Brasileirão.

Nem por sonho o Corinthians poderá repetir a atuação do segundo tempo, extremamente preocupante. O goleiro Cássio, com o time tomando sufoco, repunha a bola rapidamente; Douglas desapareceu, e o meio de campo, sem dar combate, fez com que o time ficasse a mercê do ataque (péssimo) do adversário. O Corinthians sequer tentou prender a bola no ataque.

Feliz classificação. Mas para a decisão, seja lá qual for o adversário, Tite vai precisar fazer mudanças. Este blog alertou sobre a má fase de Emerson Sheik, e a importância que Martinez tem para esse time, piorado em relação ao da Libertadores. O negócio será torcer para que o time cresça, e que essa pane tenha sido devido à pressão da estreia, porque se der esse mole na final...

GOL: Douglas dominou a bola no rebote, e alçou para a área. Guerrero cabeceou deslocando o goleiro. Timão 1X0


Foto: Toru Hanai / Reuters
Roda de Corinthianos

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