Falhas de Julio Cesar serviram para expor problemas do Timão.

Há males que vem para o bem. O clichê é apropriado para a derrota para a Ponte Preta, que reprovou a equipe no primeiro mata-mata que enfrentou em mais de um ano. A falha do goleiro Julio Cesar, imperdoável para muitos, serviu para colocar à prova o atual elenco, e testá-lo em condições adversas: estádio cheio, chuva, e necessidade de reverter um placar. O resultado ficou, infelizmente, ofuscado pela cisma do torcedor com o goleiro, mas, é evidente a fragilidade do esquema de Tite para mata-matas..

O que se assistiu em campo foi um Corinthians irreconhecível em campo, partindo sem inteligência para o ataque, deixando a defesa exposta, e demonstrando que o tal "rodízio de capitães" é sintomático de uma equipe que não possui liderança dentro das quatro linhas. É risível acreditar que homens com a experiência de um Émerson, Danilo, e Liédson possam ter se abalado com a falha do goleiro.

O debate que se faz mister não é qual dos três medianos goleiros deve ser o titular, mas sim, qual é a real perspectiva desse time em lutar pelo título da Libertadores. Qual é o onze titular do time do técnico Tite? Quem é o capitão? Se Julio Cesar perder a condição de titular, e o substituto fracassar, quem será responsabilizado?

Dúvidas que substituíram o entusiasmo do torcedor, e que agora lhe tiram o sono para a fase mais importante da competição. De certo, apenas que Tite tem problemas no meio de campo e no ataque. Muito  mais sérios do que a questão do guarda-metas, que não pode servir de bode expiatório para as mazelas do esquema do técnico corintiano.

Foto: Welther Santana/AE

Tite tem que assumir as suas responsabilidades.

A insatisfação gerada entre os torcedores corintianos pela derrota para Ponte Preta, e a consequente eliminação no Paulistão/11 acendeu a luz vermelha no Corinthians em relação ao futuro da equipe, neste início da fase de mata-mata na Copa Libertadores. Bastou uma jornada infeliz para que se iniciasse uma crucificação ao goleiro Julio Cesar, pelas falhas cometidas por ele na partida, e o climão estabelecido no Parque São Jorge levou o torcedor da euforia à apreensão .Cabe, então, alguns questionamentos, antes que a participação do Timão na Libertadores não vire o costumeiro inferno. Se o primeiro gol tivesse sido, hipoteticamente, indefensável, para onde deveriam ser dirigidas as críticas?

Não teria o time experiência suficiente para reverter o placar, ante o mediano time da Ponte Preta? Danilo, Emerson, Jorge Henrique, e Liédson não têm responsabilidade sobre o placar? Agora seria uma boa hora para que haja um debate sobre o comando do técnico Tite, pois o Corinthians precisa, com urgência rever a sua postura no Pacaembu, onde o time parece não raciocinar diante de ferrolhos que volta e meia entram em campo para enfrentá-lo. Porque não respirar fundo, e estudar o adversário, tocando a bola com tranquilidade, sem querer tirar o pai da forca, ao atacar de forma maciça, desguarnecendo a defesa. Se o time toma gol em casa, que redobre os cuidados defensivos, e procure jogar nos erros do adversário.

Conforme o jogador Willian afirmou, quando o time perde, a culpa é de todos. E acrescente-se: do Tite, inclusive. Caça às bruxas, bodes expiatórios é coisa para técnicos que não se garantem, e passa insegurança ao elenco. Aliás, nada passa mais insegurança ao elenco do que ter um líder que gosta de sair de vítima da “incompetência” do seu elenco. Que venha à público e declare, em alto e bom som:” Também falhei.” Essa história de colocar o goleiro para treinar separado é uma atitude ridícula de técnico sem futuro, e se afastar o goleiro, passará a mensagem de que foi do goleiro a culpa pela derrota,e que ele, Tite, bem como o resto do elenco nada tiveram a ver com isso.. Que vá ele, Tite, bater um papo com técnicos vencedores da América para que aprenda a ser líder.

Está dada a receita para se perder a Libertadores. Tumulto desnecessário, e fora de hora ( Julio Cesar deveria ter sido questionado pelo torcedor, e avaliado pela comissão técnico ao término do Brasileirão/11, que a equipe conquistou, e não agora, em momentos decisivos ). Incitados pela imprensa anti, alguns torcedores já causam tumulto pedindo a cabeça do goleiro, e aqueles que no passado quebraram o carro do craque Tevez quando o Corinthians foi eliminado da Libertadores,em 2006, já devem estar de plantão para protagonizar cenas de vandalismo, e essa ameaça reduz a chance de sucesso de uma equipe que da muito mais alegrias que tristezas.Pesquisa feita pela página Roda de Corinthianos no Facebook, aponta que 75% dos usuários corintianos querem a permanência do goleiro na condição de titular da equipe. Vale lembrar que esta equipe foi montada pelo técnico Tite, inclusive Julio Cesar; ele é o principal responsável pelo sucesso, ou fracasso do time. O Tite tem que assumir as suas responsabilidades.

Foto: Alex Silva/AE

O Timão pipocou. Lições para Libertadores.

1-      O goleiro Júlio César falhou no primeiro gol. Nada demais; nenhuma razão para  jogar a responsabilidade sobre o goleiro, que aliás evitou outros tantos gols na partida. Que tal falarmos sobre Liédson, Jorge Henrique, Danilo, e Sheik?

2-    O gol raro de Alex, um golaço, mostrou que no time do Corinthians ainda é ele e mais 10. Se eu fosse um dos seus críticos eu daria um perdido na Net, depois entraria reclamando do  meu Pc.

3-      A eliminação, em si, pouco representa, afinal, não é o Paulistão o paulistinha quando o Corinthians o conquista?

4-      A  lições do jogo de hoje, por ser um jogo eliminatório, às vésperas da abertura da fase de mata-mata da Libertadores, obriga Tite a trabalhar melhor a cabeça do elenco para os jogos que realmente interessam.

5-      Nada de achar culpados, mas antes o técnico corintiano precisa assumir a sua responsabilidade na escalação. Ele, melhor que ninguém, por exemplo, sabe que Jorge Henrique arrebenta em uma partida, e depois desaparece por umas tantas outras.

6-       Não existe crise, e se o técnico for esperto, esse jogo servirá para o time evitar uma pipocabilidade na Libertadores.

7-      Aos secadores de plantão,  continuem nos prestigiando com sua leitura e audiência... na Libertadores!

O lado bom da história é foco total no que interessa: Libertadores!

Imagem: Werther Santana/AE

O Timão jogou futebol de favorito.

Os números não mentem. Em  6 jogos, o Corinthians empatou 2, e ganhou  4; marcou 13 gols, levou apenas 2. Leve-se em consideração a ausência de dois titulares, Alessandro e Alex, o que pressupõe um aumento do poder de fogo, o futebol convincente na goleada de 6X0 com que a equipe encerrou a fase de grupos, garantindo lugar entre os 3 melhores clubes na classificação geral, e o crescimento das individualidades dentro de uma equipe coesa, não há como negar que o Timão surge como forte candidato ao título da Libertadores.

No jogo desta quarta-feira, o Corinthians não deu chances ao Táchira, dominou completamente o adversário. No primeiro tempo, Danilo e Paulinho colocaram o Timão em vantagem. O visitante se enervou, e teve um jogador expulso, o que abriu caminho para uma das maiores goleadas da competição em 2012. 


No segundo tempo, Jorge Henrique fez 3X0. Apesar de Chicão e Danilo terem sido poupados, dando lugar a Welder e Douglas, as alterações não fizeram diferença nenhuma, e Émerson ampliou o placar, e ele mesmo veio a sofrer pênalti, e Liedson, após rebatida do goleiro, marcou 5X0. E quando parecia que a vitória do time de Tite seria semelhante àquela sobre o São Paulo no Brasileirão, Douglas cobrou outro pênalti, e selou a goleada: 6X0.

Naturalmente, a Fiel ficou eufórica, e time tem dado demonstrações de que é confiável, mas se faz importante que essa euforia não atinja o elenco, o que é improvável, dado a experiência do grupo, e do próprio treinador. De qualquer forma,  a evolução do Corinthians causa impacto e faz crescer a esperança do torcedor na conquista da Libertadores.

Foto: Nelson Almeida / France Presse

O Timão é líder de tudo.

Não bastasse a liderança conquistada  pelo time principal na Libertadores, na quarta-feira, contra o Nacional-PAR, na vitória por 3X1 fora de casa, o Timão, com um time reserva, despachou a Ponte Preta, em Campinas, e tomou a liderança do São Paulo, na última rodada da fase de classificação, com uma vitória por 2X1, com gols de Chicão, de pênalti, e de Welder.

No primeiro tempo, o time reserva do Corinthians tratou de esfriar a vontade dos pontepretanos, próximos adversários na fase seguinte, e conseguiu. Com Douglas na criação, o time foi até bem, mas pecou nas finalizações, mas, pelo menos, nada permitiu ao time campineiro. No segundo tempo, bastaram 5 minutos para o Timão tirar a liderança que o São Paulo esquentava para nós. Chicão, de pênalti, no primeiro minuto do segundo tempo, e Welder, que pegou a sobra do goleiro na batida de Élton.

A Ponte ainda conseguiu, de pênalti, diminuir o placar no fim do jogo, mas era tarde demais. Decepção para o São Paulo, surpresa no rebaixamento da Lusa, campeã da Segunda Divisão do Brasileirão, e agora na Segunda do Paulistão. Nível ruim do campeonato? De qualquer forma, o Timão chega bem na fita, líder de tudo o que está disputando. Mesmo com reservas...

Crédito de Imagem: GP

O Timão 2012 inspira confiança.

Sai Alessandro, entra Edenilson; sai Wiilian, entra Jorge Henrique; sai Alex entra Sheik: não importam as mudanças, o Corinthians tem se apresentado sempre estável em campo. Defesa difícil de ser batida; goleiro que amadurece jogo a jogo; controle preciso dos jogos. Time frequentemente imbatível no segundo tempo. As disputas limpas do elenco pela condição de titular faz com que o onze corintiano tenha aproveitamento de campeão, não importa o campeonato. Razões para euforia? Não.

A euforia, sabem os corintianos, fica apenas nas arquibancadas após as vitórias. O time ainda tem potencial a desenvolver. Liédson precisa render mais. Douglas precisa recuperar o seu futebol; Fabio Santos ter que ser mais efetivo quando desce ao ataque, Alex tem que sair do estaleiro.

Os 3x1 desta quarta sobre o Nacional-PAR cala um pouco a conversa de que o time só ganha de 1X0, e, quem diria, coloca o time na disputa como o melhor da competição na fase de grupos. De forma geral, o time briga pela liderança nos dois campeonatos que disputa. Está invicto no Pacaembu. Sheik e Jorge Henrique vivem grande momento; e a possível recuperação da boa fase de Liédson, Alex, e Douglas são fatores de esperança. Fase de terror na Libertadores? Não para a experiente equipe do Corinthians, que nada tem a ver com o passado do Timão na competição. Vai, Timão!

Imagem: Agência Estado.

Liedson volta a marcar; Timão faz 3 no Oeste.

O Corinthians derrotou o Oeste, em Presidente Prudente, pelo placar de 3X0, com 2 gols de Liédson, e um de Willian. O jogo marcou o reencontro de Liedson com o gol na temporada, deixando o torcedor bem mais aliviado, no momento em que o Paulistão e a Libertadores demandam melhor performance das equipes. O Timão segue no encalço do São Paulo na disputa pela liderança.

No primeiro tempo, o calor de 31 graus no interior influenciou os jogadores negativamente, fazendo com que a partida se arrastasse sem nenhuma emoção, poucos lances mais agudos de gol, e com o meio de campo corintiano amarrado com a presença de Douglas. Aliás, o meia continuou devendo futebol, e nem a expulsão do lateral direito Neno do Oeste serviu para animar o time corintiano, que foi para o vestiário devendo futebol.

No segundo tempo, o Timão pareceu ter voltado disputa a mudar a sua sorte na partida,e voltou bem mais ofensivo, mas sem ainda conseguir finalizar com precisão, até os 10 minutos, quando Douglas, se preparando para deixar o campo, cobrou escanteio, tocando para Emerson cruzar, e ver Liedson surgir por entre a defesa do Oeste, fazendo Timão 1X0.

Em desvantagem, o Oeste tentou reagir, mas, mas, aos 18 min, após vacilo na cobrança de falta do time do interior, Liedson puxou um contra-ataque, tocou para Willian que só teve o trabalho de bater á esquerda do goleiro Zé Carlos: Timão 2X0. 

Ousado, o Oeste não se entregava, buscava o seu gol a todo instante, mas quando requisitado, Julio Cesar apareceu, e bem. O Corinthians ainda desperdiçou gols, até que, aos 45 min, novo contra-ataque, desta vez com quatro jogadores, e Willian tocou para Liedson que não perdoou: Timão 3X0.  

Imagem: Fernando Calzani/Gazeta Press.